Sem vagas

Pelotas sofre com lotação em UTI Neonatal

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou a lotação dos leitos

Carlos Queiroz -

Por: Roberto Giovanaz
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Pelotas não contava com nenhuma vaga disponível nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal no final da tarde desta quinta-feira (12). A informação foi dada pela direção do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) e pela coordenação da UTI Neonatal do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel). A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou a lotação dos leitos.

Com o nascimento de trigêmeos pela manhã, foi necessário um remanejo dentro do HE/UFPel para que houvesse leitos disponíveis para as três crianças. Hoje, Pelotas conta com duas UTIs Neonatal. Uma delas no HE/UFPel, com nove vagas - todas fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Já no HUSFP são dez vagas, sendo oito SUS e duas particulares - a UTI Pediátrica é para crianças acima de 28 dias. Caso seja necessário, pacientes serão transferidos para outra cidade.

De acordo com Maria Amália Saavedra, coordenadora da UTI Neonatal do HE/UFPel, as crianças apresentam quadro estável e nasceram com 34 semanas. O tempo mínimo para maturação pulmonar é de 37 semanas e, por isso, as três crianças respiram com a ajuda de respirador. Conforme informou à reportagem, foi necessário um remanejo para que pudesse liberar leitos para os trigêmeos. No início da manhã desta quinta, foi cogitada a transferência da data da cesariana para outro dia ou outra cidade que tivesse leitos disponíveis.

Mas, para evitar a troca e deslocamento, alguns bebês em quadro estável foram remanejados dentro do setor de pediatria, liberando três leitos para os recém-nascidos. “São três meninas e elas vão ficar em monitoramento constante”, disse Saavedra.

Gabriel Andina, da 3ª Coordenadoria Regional da Saúde ligada à Secretaria de Saúde do Estado, informou que não é comum, mas que pode acontecer. “O Estado deve prestar atendimento médico, mas não necessariamente na cidade ou na região”, explicou. Na ocorrência de lotação máxima, o Estado deve disponibilizar transporte gratuito ao paciente. Os destinos normalmente são cidades próximas como Rio Grande ou Bagé, segundo Andina.

No caso de Pelotas, a secretária de saúde Ana Costa comentou que é uma situação incomum. Informou que, na semana passada, também houve o caso de nascimento de trigêmeos na cidade, o que é raro. “Pelotas é referência em parto de alto risco”, disse Ana - o município é centro de 21 cidades (veja tabela). Com lotação máxima das vagas, o paciente é cadastrado na Central de Leitos do Estado e então é verificado onde há disponibilidade de vaga. A SMS conta com uma equipe chamada Vigileitos, composta por seis enfermeiros.

O grupo verifica in loco a disponibilização de leitos, gerando relatórios diários. De acordo com Suelen Arduin, diretora de Gestão Ambulatorial e Hospitalar da SMS, o HE/UFPel e o HUSFP, além do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), fazem parte da 21ª Região de Saúde que foi dividida em oito microrregiões. Segundo Arduin, às 17h não havia nenhuma vaga disponível nas UTIs Neonatal da cidade.

Pelotas é referência de alto risco nas seguintes cidades:
Amaral Ferrador
Arroio Grande
Canguçu
Capão do Leão
Cerrito
Cristal
Herval
Jaguarão
Morro Redondo
Pedras Altas
Pedro Osório
Pelotas
Pinheiro Machado
Piratini
Santana da Boa Vista
São Lourenço do Sul
Turuçu

Referência em partos
de baixo risco:
Capão do Leão
Arroio do Padre
Pedro Osório

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